No Pará, foi cumprido mandado de busca e apreensão no município de Marabá, contra um homem acusado de participação no esquema criminoso. A investigação identificou que os acusados instalaram dispositivos que tornavam vulneráveis os sistemas informatizados da empresa vítima, a fim de obter acesso às assinaturas de funcionários necessárias para o acesso de contas bancárias.
De acordo com a delegada Maria de Fátima dos Santos, Titular da Divisão de Combate a Crimes Patrimoniais (DCEP-PCPA) , a investigação identificou que foram feitas doze transferências para contas de “passagem”, nas quais cada beneficiário recebeu cerca de R$ 500 mil. A Polícia estima que a fraude provocou um prejuízo financeiro na ordem de R$ 4 milhões.
A investigação também identificou que os integrantes da organização criminosa haviam aberto recentemente empresas de fachada, com o intuito de criar contas bancárias vinculadas a pessoas jurídicas, o que facilitou o recebimento e a rápida diluição dos valores, impedindo que os bancos promovessem o bloqueio das transferências. Com essa manobra, que ocultava o proveito criminoso, os investigados incidiram na prática delituosa de
lavagem de capitais.
O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, reforçou a atuação da Polícia Civil no combate a crimes no Pará. “As polícias civis do país inteiro estão estreitando laços para combater crimes cibernéticos e a Polícia Civil do Pará está atuando e se atualizando as melhores técnicas disponíveis para combater esta prática e proteger os cidadãos.” afirmou.
Além das polícias civis do Pará e Distrito Federal, a operação também contou com a participação de equipes da Polícia Federal.