A Ilha do Camaleão, em Afuá, no Arquipélago do Marajó, foi cenário de mais uma ação de preservação ambiental: a soltura de 10 mil quelônios que marcou o encerramento do ciclo anual do Programa Quelônios da Amazônia (PQA). A iniciativa, coordenada pelo Ibama e desenvolvida há 42 anos, conta com o engajamento das comunidades locais. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) também participou da atividade.
Segundo a chefe da Divisão Técnica do Ibama, Márcia Bueno, nesta temporada cerca de 170 mil filhotes foram soltos, respeitando o ciclo natural de nascimento das espécies.
“A soltura de hoje simboliza o fechamento de um ciclo muito importante, totalizando aproximadamente 180 mil filhotes devolvidos à natureza. Esse trabalho só é possível graças ao envolvimento da comunidade local, que há mais de quatro décadas abraça esse projeto com dedicação e responsabilidade”, destacou Márcia.
O prefeito de Afuá, Sandro Cunha, acompanhou o evento e reforçou a importância das parcerias institucionais. “Agradecemos ao Ibama e ao Governo do Estado pelo apoio. A Prefeitura de Afuá está à disposição para seguir contribuindo com essa iniciativa tão essencial para a nossa região”, afirmou.
O secretário regional de Governo do Marajó, Mazinho Salomão, também esteve presente e reafirmou o compromisso estadual com a conservação ambiental. “A proteção dos quelônios representa o modelo de desenvolvimento que queremos: sustentável, respeitoso com a natureza e com protagonismo das comunidades. O Governo do Pará está comprometido com políticas públicas voltadas à preservação e ao saber tradicional”, disse.
Representando o Ideflor-Bio, o gerente da Região Administrativa do Marajó, Hugo Dias, destacou a importância do projeto. “É uma honra participar desse momento simbólico. O Ideflor-Bio está à disposição para apoiar estudos, monitoramento e parcerias que fortaleçam ações de impacto socioambiental na região”, declarou.
A ação reforça o compromisso coletivo entre instituições e comunidades pela proteção da biodiversidade amazônica, com foco na educação ambiental e na valorização do conhecimento tradicional.
Texto: Pablo Allves (Ascom/Ideflor-Bio)