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Governo do Pará reúne lideranças amazônicas e globais para fortalecer ação climática na região rumo à COP 30

Encontro articula estratégias de federalismo climático, transição justa e adaptação nas cidades amazônicas

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
09/06/2025 às 20h12
Governo do Pará reúne lideranças amazônicas e globais para fortalecer ação climática na região rumo à COP 30
Foto: Marco Santos / Ag. Pará

O governador do Pará, Helder Barbalho, e a vice-governadora Hana Ghassan estiveram reunidos, nesta segunda-feira (9), com autoridades municipais, representantes de instituições nacionais e internacionais e lideranças do clima para estreitar relações e fortalecer a colaboração entre líderes globais e autoridades locais da Amazônia. O encontro foi realizado no Palácio dos Despachos do Governo do Pará e integra a agenda preparatória para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada na capital paraense em novembro deste ano.

A agenda foi estruturada em três segmentos principais: oportunidades da Agenda de Ação Climática da COP30 para o desenvolvimento socioeconômico do Estado; estratégias de federalismo climático e transição justa; e um debate aberto sobre desafios e soluções para adaptação e resiliência nas cidades amazônicas. Durante a abertura do encontro, o chefe do Executivo estadual reforçou a responsabilidade histórica do Pará na condução de uma COP centrada no território amazônico e nas populações que o habitam.

"É muito relevante para nós sediar um evento dessa magnitude. Não se trata apenas do legado que deixaremos para a cidade, mas também do impacto ambiental e simbólico que representa para toda a Amazônia. A escolha de Belém pelas Nações Unidas é uma oportunidade única para o Brasil liderar a agenda e as ambições climáticas, diferenciando-se das demais nações. Temos absoluta consciência da centralidade desta COP para a humanidade e do papel singular que ela representa para o nosso país", destacou Helder.

Para a vice-governadora Hana Ghassan, que também preside o Comitê Estadual da COP30, a participação ativa dos municípios e da promoção de uma governança climática inclusiva e baseada na realidade amazônica é de extrema importância e relevância.

"É um trabalho conjunto, não apenas do Estado ou do Poder Público. É um trabalho da sociedade como um todo. Eu, que sou uma pessoa da área de finanças e da gestão prática, gosto de transformar ideias em ações concretas, onde cada um tem sua responsabilidade para que a gente possa avançar e chegar nos resultados que se espera", reforçou.

Diálogo multinível e articulação de parcerias marcam encontro

Entre os participantes estavam prefeitas e prefeitos de municípios estratégicos como Abaetetuba, Barcarena, Marituba e Benevides, além de representantes da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Pará (FECOMÉRCIO), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (FAEPA) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O encontro controu ainda com integrantes da Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), Grupo de Liderança Climática das Cidades (C40), Instituto de Recursos Mundiais Brasil (WRI Brasil) e da equipe dos Campeões Climáticos da ONU.

Representante da diplomacia climática da COP 30, empresário e Campeão de Alto Nível do Clima, Dan Ioschpe

Representando a diplomacia climática da COP 30, o empresário e campeão de Alto Nível do Clima, Dan Ioschpe, elogiou o esforço de articulação promovido pelo Pará e a capacidade de integrar diferentes setores da sociedade na construção de uma agenda climática ambiciosa.

"Eu espero que Belém seja não uma COP de muitas negociações, mas uma COP de muita implementação. E um ponto muito importante aqui na região é a questão da adaptação e resiliência, e as prefeituras têm tido um papel muito importante nisso. Tem boas histórias para serem compartilhadas", disse.

A programação incluiu ainda discussões sobre financiamento climático, estímulo à bioeconomia e caminhos para ampliação de parcerias público-privadas. A troca de experiências entre municípios e instituições parceiras consolidou propostas voltadas à adaptação climática e à transição ecológica com justiça social.

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