Os "Pássaros Juninos Bragantino" e "Tem-Tem de Curuçá" brilharam no palco do teatro Margarida Schivasappa, na noite deste sábado, 14. As apresentações gratuitas fazem parte da programação do Arraial de Todos os Santos que segue até o dia 29 de junho, na sede da Fundação Cultural do Pará (FCP), no prédio do Centur, no bairro de Nazaré, em Belém.
As apresentações com histórias melodramáticas e cômicas com cantos, danças, músicas e narrações dos enredos sobre a caça, morte e ressurreição dos Pássaros, são ricas em personagens como fazendeiros, pajés, nobres, fadas, entre outros.
A noite começou com o Pássaro Bragantino narrando as origens do pássaro com músicas do estilo xote do sertão tocados com triângulos e cantados por todos os personagens. Em seguida, foi a vez do Tem-Tem de Curuçá contar uma história de romance entre um caçador e uma indígena, envoltos pelas encantarias da floresta.
Ayrle Macedo, guardiã do pássaro Tem-Tem de Curuçá, diz que é significativo o cordão estar de volta aos palcos do teatro Margarida Schivasappa, o grupo é familiar e tem décadas de atuação. "Estou feliz de voltar e me apresentar nos palcos do teatro, porque há alguns anos não tínhamos mais nos apresentado depois do falecimento da minha avó, mas este ano nós voltamos, eu estou feliz", disse Ayrle Macedo.
Além das apresentações no teatro, o público pode aproveitar os shows dos grupos de folguedos juninos, no palco Verequete. A noite teve Boi de Máscaras, grupo para folclórico e apresentação do grupo “Os Aruãs”, que fechou a noite com muito carimbó.
Em sua primeira apresentação no Palco Verequete, Gabrielle Martins expressou a emoção de representar sua região no evento cultural. “É uma grande alegria estar aqui, porque viemos do Marajó e, neste espaço, podemos mostrar um pouco da nossa cultura e da nossa realidade. Em cada lugar, o carimbó tem o seu diferencial”, destaca a artista.
Gabrielle ressaltou a importância da visibilidade proporcionada pelo evento, não apenas para o grupo que se apresenta, mas também para as comunidades de origem. “Estar aqui é importante porque me vejo representando também as pessoas que ficaram lá. Elas vão ver o nosso grupo aqui e ter a oportunidade de participar também. Esse evento é uma abertura de portas para que outros grupos também possam ver, se inspirar e se conectar para estar aqui também”, concluiu.
Programação: As apresentações de folguedos juninos seguem até o dia 29 de junho, na sede da FCP, a partir das 19h. No domingo, 15, o Boi Tinga e do Mestre Damasceno estão entre as atrações confirmadas.
Texto com colaboração de Marcos Maia e Angel Duarte