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Prefeito de Tailândia paga leito particular a mulher após hospitais públicos rejeitarem paciente

Mulher passou por três cirurgias no hospital da cidade após procurar unidade para ter bebê

Redação
Por: Redação
24/06/2021 às 19h10 Atualizada em 24/06/2021 às 19h23
Prefeito de Tailândia paga leito particular a mulher após hospitais públicos rejeitarem paciente

O que era para ser a realização de um sonho para uma família de Tailândia, se tornou uma angústia e dias de sofrimento. O caso envolveu HGT, delegacia e Ministério Público Estadual.

Tudo começou no dia primeiro de junho quando Antônia Márcia, de 26 anos, procurou o Hospital Geral de Tailândia (HGT) para o nascimento do primeiro filho, o José Ivan. Após 48h após do parto, mãe e filho deixaram o hospital. A família não imaginava, mas o pior ainda estava por vir.

Márcia retornou ao hospital, depois de sentir fortes dores no abdômen. A princípio, o médico de plantão disse que seria infecção urinária e liberaram a mulher. Dois dias depois ela voltou em uma ambulância do SAMU, e ficou internada até está quarta-feira (24), depois de ser transferida para Belém.

Antes, ela passou por três cirurgias e chegou a ficar três dias na Unidade de Cuidados Intermediários do hospital da cidade. A família de Márcia buscou ajuda para tentar transferi-la para um hospital, quando foram informados pela equipe médica que não havia necessidade.

Diante das várias tentativas de transferência, que foram negadas, a família procurou o Ministério Público Estadual, e registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

A família também pediu ajuda ao prefeito de Tailândia, Paulo Liberte Jasper – Macarrão. Só após várias tentativas e com muitas dificuldades, a paciente foi encaminhada ao hospital Porto Dias, onde o tratamento será custeado pela prefeitura. “É nossa obrigação, é o dinheiro é do povo. É aquilo que eu digo sempre, o poder emana do povo e volta para o povo” disse Macarrão.

O gestor municipal aproveitou a situação para chamar atenção novamente do governador Helder Barbalho para o caso da saúde em Tailândia.

A angústia foi tanta, que dona Maria de Jesus, mãe da paciente, não conseguia dormir ao ver o sofrimento da filha.

Administrado por uma organização social, o HGT enfrenta reclamações no atendimento e até questionamentos de algumas condutas médicas. No início do mês de junho, outra família já tinha passado pelo pior, depois da morte de uma garotinha de 1 ano e 8 meses. Para eles, a morte da menina foi provocada por negligência hospitalar.

Ainda em junho, outro caso envolvendo o hospital ganhou bastante repercussão, depois que uma paciente divulgou nas redes socais o mau atendimento de um médico.

Em janeiro deste ano, a família da pequena Agatha Lorrena, de 3 anos, acusou médicos do Hospital Geral de Tailândia de serem negligentes após a garota ter morrido por falta de sangue, segundo a família.

O HGT ainda não se manifestou em relação a paciente Antônia Márcia, mas em todos outros, o hospital relata que houve sempre o esforço da sua equipe, e que confia na conduta de seus profissionais.

No caso da Antônia Márcia, a família espera que o caso seja apurado.

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