Para aprimorar cada vez mais o atendimento prestado por agentes de segurança pública no Pará e a rede de proteção, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Diretoria de Políticas Públicas e Prevenção Social (DPS), realizou a capacitação de 39 servidores vinculados ao atendimento de grupos vulneráveis vítimas de violência. A iniciativa foi realizada na Escola de Governança Pública do Estado do Pará - EGPA, em Belém.
A formação iniciou na segunda-feira (19) e encerrou nesta terça (20). Foram atendidos servidores da Polícia Militar do Pará, Corpo de Bombeiros do Pará, Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Secretaria municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Secretaria Municipal da Mulher, Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Direitos Humanos, Secretaria Municipal de Governo e Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA).
O titular da Segurança Pública no Estado, Ualame Machado, destaca a importância da formação, humanizando e aprimorando o acolhimento das vítimas.
“Vivemos em uma sociedade diversa, onde diferentes grupos enfrentam desafios específicos que exigem uma abordagem sensível e especializada por parte das forças de segurança. Crianças, adolescentes, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e moradores de rua são apenas alguns exemplos de grupos que, devido a suas particularidades, necessitam de um atendimento diferenciado. Acreditamos que investir na formação continuada dos nossos agentes é fundamental para garantir a proteção e o respeito aos direitos humanos de todos os cidadãos”, destacou.
Sensibilização- A capacitação envolve diversas temáticas, como o histórico de crime e violência, direitos humanos, conceitos, causas, tipos e legislação, e as leis Maria da Penha e do feminicídio, promovendo ampliação de conhecimento e um protocolo para atuação.
Para a assistente social do município, Rosa Daibes, a troca entre os vários tipos de agentes voltados a grupos vulneráveis contribui para uma atuação conjunta e robusta. “Nós precisamos fazer com que essa rede esteja conectada para qualquer tipo de situação em que se possa nos encontrar nos nossos atendimentos, nós precisamos saber para onde direcionar. E o evento que nós estamos participando é de extrema relevância. Quando a segurança pública nos chama para fazer essa conexão, fazer esse entendimento, essa troca de saberes em que cada um pode compartilhar suas vivências, somar etc.”, mencionou.
Para o bombeiro militar, soldado Alex Varela, que realiza atendimentos principalmente com crianças, mulheres e idosos, a troca com outras instituições contribuiu para esclarecer protocolos de atuação.
“Nós viemos aqui, principalmente, em relação a crianças, mulheres, idosas, e, bom, teve muitas situações repassadas por psicólogos, dos bombeiros, pelas polícias, dos militares, que muitos de nós não sabíamos. E quando a gente compartilha essas informações, todos ficamos cientes e aprendemos cada vez mais a como agir em determinadas situações, a como lidar com as pessoas, a como lidar com aqueles determinados grupos de pessoas. Isso é uma melhor forma de conectar todos nós ao ponto de nós fazermos um serviço essencial”, pontuou.
Esta foi a segunda turma do ano em 2025. A próxima formação dos agentes de segurança e a rede de proteção será em Bragança no final do maio. Ainda haverá turmas em Ananindeua, Itaituba, Santarém, Marituba e na capital novamente ainda esse ano.