Por meio do programa Regulariza Pará, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) concluiu, nesta semana, mutirões de atendimento para análises, validação e entrega de Cadastro Ambiental Rural (CAR) nos municípios de Igarapé-Miri e Cametá, nordeste paraense.
As ações conjuntas beneficiaram 145 propriedades rurais, sendo 65 homens e 46 mulheres em Igarapé-Miri e 75 homens e 58 mulheres em Cametá. No total, os mutirões abrangeram uma área de impacto positivo em mais de 3.187,4652 mil hectares.
O objetivo é regularizar as terras para que cada produtor possa realizar a atividade econômica de forma segura e legal, além de garantir benefícios, como linhas de crédito para quem trabalha no campo.
"É nítido o avanço da regularização ambiental rural no Estado. Somos pioneiros na realização de mutirões de regularização da agricultura familiar, na entrega de CAR coletivos quilombolas, Peaex e Resex, do Lote Car de assentados do Incra, bem como na municipalização da análise do CAR, na metodologia simplificada de validação do CAR, na automação da análise do cadastro e na entrega do CAR com pagamento por serviços ambientais. Isso tem se traduzido cada vez mais na adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e em compromissos de restauração vinculados à agenda de adequação ambiental dos imóveis rurais", afirma o secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos.
No município de Igarapé-Miri, a programação ocorreu nos dias 13 e 14 de maio. Durante o mutirão, foram atendidos 75 imóveis, beneficiando diretamente 75 homens e 58 mulheres, representando um impacto em uma área aproximada de 1.302,5059 mil hectares.
Maria Auxiliadora Ribeiro Fonseca, moradora do município de Igarapé-Miri, destacou a importância de participar do mutirão e que a atividade representa um passo importante no combate ao desmatamento e na valorização das práticas sustentáveis.
"Participar desse programa do governo, com o apoio da prefeitura, foi uma ação muito importante na área ambiental. A gente vive de perto a preocupação com o desmatamento, que já atingiu comunidades próximas à nossa. Por isso, iniciativas como essa são valiosas, porque trazem esclarecimento e reforçam a importância da preservação. No ano passado, sentimos os impactos das mudanças climáticas, o calor excessivo afetou nossos plantios, especialmente os frutíferos e os pés de açaí, tanto os novos quanto os antigos. Por isso, acredito que ações como essa nos ajudam a entender melhor a responsabilidade que temos com o meio ambiente", destacou a produtora.
Já nas comunidades de Ponta Grande e Carapajó, localizadas no município de Cametá, os atendimentos ocorreram nos dias 15 e 16 de maio. A ação verificou 69 imóveis rurais, beneficiando diretamente 65 homens e 46 mulheres, com impacto em uma área aproximada de 1.884,9593 hectares.
As iniciativas contaram com a colaboração das prefeituras, das Secretarias Municipais de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Pecuária (SEMAP) e das Secretarias Municipais de Meio Ambiente (SEMMA) de ambos os municípios. A ação também teve o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Cametá e de Igarapé-Miri (STTR).
Floresta + Amazônia:Além da regularização, durante o mutirão os produtores também receberam atendimentos sobre o projeto Floresta + Amazônia, do governo federal, que oferece incentivos financeiros a pequenos produtores rurais por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). A iniciativa beneficia agricultores familiares em diferentes estágios de regularização no Cadastro Ambiental Rural, abrangendo os municípios participantes das Fases 1 e 2 do programa.
As inscrições para o Floresta+ Amazônia estão abertas até o dia 30 de junho de 2025. Os interessados podem acessar o edital e obter mais informações pelo link :